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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

NA GALERIA - NA SEXTA - NA NOITE


A gente se conhece por troca de olhares. Não são olhares de paixão, mas sim de tesão. Decido ir. Afinal de contas sou homem, logo, naturalmente possuído por explosões de hormônios. E porque não dar a sorte de encontrar algo que valha a pena?

Estamos juntos, trocamos vários tipos de contatos físicos, até eu perceber que estamos em vibes diferentes. Eu realmente estou afim de encontrar alguém legal. Totalmente diferente do interesse inteiramente sexual da outra parte que, visivelmente, está alterado pelo álcool. Não entendo o porque mas decido ficar e curtir. Levamos um papo engraçado e cheio de intimidades para quem acaba de se conhecer.

Quando sou convidado a ir para sua casa, caio na real de que não era assim que eu queria que as coisas acontecessem e decido ser grosso. Digo que qualquer um poderia fazer o que ele buscava. Eu não, não de primeira! Acho melhor deixar um mistério no ar. Recebo um "ok" e, por isso, decido sair e ficar com meus amigos. Mas antes recebo seu telefone. Se me deu o número é porque quer que eu ligue.

Ao longo da noite o vejo em tentativas de encontrar alguém para o que ele buscava. Beijos seguidos de toques indecentes em diferentes cantos do lugar. Tudo isso me fez crer que fiz certo em não prolongar o caso.

No dia seguinte, por impulso, decido enviar uma mensagem. Apenas afirmo como seu comportamento na festa foi regado a safadeza. Recebo pronta resposta, um pouco convencida, de que mesmo assim eu estava mantendo contato. Soltei, mais uma vez por impulso, que se envei é porque gostei. Porque fiz isso????

Fico sem resposta durante um dia. No seguinte, recebo a proposta para nós nos encontrarmos. Aceito. Marcamos um dia, local e horário. Mas, poucas horas antes do encontro decido fazer uma pergunta via mensagem: "Qual o meu nome?" Depois de algum tempo, recebo justificativas de que a memória é fraca e a bebida acentua este defeito. Mas que se eu quisesse poderíamos deixar que o destino nos cruzasse novamente outro dia, no futuro (porque certamente esperava que eu fosse dizer algo como: "peraí, vamos nos ver sim"). Mas eu, convicto, disse: "ok, nos vemos por aí". Como vou sair com alguém que esqueceu o meu nome?

Depois do meu "ok", sou bombardeado por mensagens de uma pessoa com orgulho ferido. Disse que lembrava do meu corpo, pele e rosto; que achava que eu era um cara legal. Tudo bobeira! Apenas ficou com raiva de ter sido rejeitado.
Não sei se fui radical mas criei coragem para dizer "não" para alguém que eu normalmente diria "sim" independente de lembrar do meu nome ou não. Estou agregando valores em mim. E disso eu não me arrependo.

Antes só do que....todo mundo sabe o resto!

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