Pesquise, descubra, enriqueça

quinta-feira, 29 de julho de 2010

SIMPLESMENTE CLARICE


MINHA SEGUNDA MÃE:


O sonho

Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas.

Clarice Lispector

quarta-feira, 28 de julho de 2010

IPANEMA


Não há nada melhor do que passear em Ipanema em dias ensolarados. Prefiro as formas quadradas do calçadão de Ipanema que as curvas de Copacabana. Convenhamos que a orla de Copacabana a noite é muito mais excitante que a orla de Ipanema. Mas é apenas um detalhe que está longe de mudar minha preferencia.

Ipanema tem um ar mais caseiro para mim. Chegar na Vieira Souto sentindo uma brisa do mar mais gostosa no rosto e ver o sol esquentando os coqueiros e os corpos bronzeados estirados na areia não me causam outra sensação que não seja prazer. É gostoso passear num domingo a tarde pela feira hippie ou numa terça-feira de manhã pela feira da General Osório. A hippie é internacional, repleta de estrangeiros de todas as partes misturados aos cariocas do pós praia. A segunda tem cheiro de fruta fresca, de verdura e de temperos, onde se concentram senhoras de idade e as empregadas das madames Zona Sul.

Bom também é poder dar uma olhada naquela banca antiga em frente a praça Nossa Senhora da Paz. Umas revistas de gerações antigas que me levam a conclusão de que o mundo não mudou tanto assim quando se trata de comportamento humano. É bom, inclusive, dar uma sentada nesta praça e respirar um pouco o ar das árvores e plantas planejadas para estarem ali. Também ver as babás brincando com o bebezinhos e crianças da vizinhança. Dá uma cara mais de bairro ao lugar.

Confesso que me incomoda o trânsito e a quantidade de ônibus que passa por Ipanema. Mas é só ir até o calçadão e dar uma olhada na paisagem que tudo fica bem. À esquerda a pedra do Arpoador, no meio as Ilhas, à direita Leblon e morro Dois Irmãos. É uma vista bem especial que traz uma atmosfera muito agradável ao negócio todo.

Praia de Ipanema. Tenho a impressão que é divida quase que naturalmente em zonas. Lá no início da orla, encostada na pedra do Arpoador, está a zona dos surfistas que, quase sempre sem suceso, procuram uma boa onda para deslizar. Na seqüência, ainda no Arpoador está o que, sem nenhum preconceito meu, chamam de farofada. A galera mais popular, que vem em grupos grandes e que costumam fazer bastante barulho na areia.

Já no posto 8, em frente a Farme de Amoedo está a zona gay. É fácil avistar as bandeiras coloridas de qualquer parte da orla. Lá estão homens que gostam de desfilar, flertar e fazer contatos. O mar em si é o menos importante para os gays que frequentam esta parte da areia. O que eles querem é socializar. Os fortões gostam de exibir seus corpos e novas tatuagens. Os gringos vão para encontrar brasileiros que gostam de gringos, que por sinal são muitos, pagando ou não. Posso arriscar dizer que os "melhores gays" não frequentam esta parte da praia. É muita confusão, muita gente estranha e muito clima de pegação. É melhor ficar um pouquinho depois da Farme, em frente a Vinícius. São apenas alguns metros que fazem toda a diferença.

Perto do Ceasar Park está o posto 9, famoso por inventar moda e ser o point da galera da Zona Sul. Este ponto, exatamente por sua fama, está um pouco saturado. É possível até ver garotas de programa atrás dos hóspedes ricos dos hotéis da orla. Está ficando muito confuso também. A galera que antes frequentava o posto 9 buscou no coqueirão um abrigo. Para ver cariocas tipicamente e naturalmente atraentes, o coqueirão é o lugar.

Claro que no fim das contas, tudo é praia. Todos os esteriótipos caem por terra. Está todo mundo junto. Todos com o mesmo sentimento, loucos por praia, loucos por Ipanema.

Os barzinhos, restaurantes e lojas de Ipanema são sempre caros, mas não tem como não dar uma passada. Livrarias é um caso a parte. É uma beleza sair da praia, de chinelo mesmo, e passar numa livraria para dar uma olhada nas novidades, tomar um café, ver lançamentos de CD's e DVD's.

Nos verões, o melhor é esperar o pôr do sol na praia. Ou se quiser algo mais poético, ir a pedra do Arpoador. Fechar uma tarde com uma imagem maravilhosa daquelas não tem preço, como diz o comercial.

É bom também simplesmente caminhar pelas ruas, mesmo que sem nenhum objetivo pré estabelecido. Passear por Ipanema é poder ver muita gente bonita, muita gente gostosa mesmo. É um cheiro de sedução, de bronze e de sensualidade muito grande. Tanto para homens que gostam de mulheres, quanto para homens que gostam de homens e mulheres que gostam de mulheres. É muito saudável flertar e conhecer gente interessante.

Isso tudo me traz cada vez mais a certeza de que não conseguiria ficar muito tempo longe dali. Eu preciso respirar aquele ar, preciso sentir aquela atmosfera sempre. Eu amo Ipanema.

terça-feira, 27 de julho de 2010

GAMBIARRA - 24 JUL 2010


Chegar para uma festa no Museu de Arte Moderna iluminado já me deixa bastante empolgado. Ir a uma festa que tem a música brasileira de todas as vertentes possíveis como carro chefe me estimula ainda mais.

Assim começou a festa Gambiarra que aconteceu na varanda do Vivo Rio no dia 24 de julho. O espaço já nos convida a uma festa no mínimo bonita visualmente. Devido a badalação da festa era impossível não ter fila para entrar. Entretanto a agilidade da equipe dos caixas e da galera agradável que direcionava quem tinha convite promocinal para uma fila menor, fez do sistema uma forma tranquila e sem confusão de entrar na festa.

Lá dentro? Um lugar limpo, organizado, com espaços arejados e confortáveis! A decoração era praticamente a de sempre, bem colorida e original. Era muito fácil e rápido comprar bilhetes para bebidas. Vários caixas enfileirados horizontalmente e com simpatia suficiente para deixar os clientes satisfeitos. Na hora de pegar bebida também foi definitivamente simples. Os caras do bar eram práticos e rápidos. Aliás, a quantidade de staff para servir a galera era impressionante. Ninguém esperava mais de 1 min para ter sua bebida na mão. E isso, sem dúvida é muito importante. Afinal de contas quem quer ficar no balcão do bar com tanta música boa na pista?

Então! A música! Tenho a sensação de que as músicas eram melhores e mais envolventes que da última vez. Claro que os clássicos de sempre tocaram. Mas senti algo diferente. Talvez a energia. Talvez o set do Paulo Gustavo. Talvez um pouco de tudo. Não tinha como ficar parado com tanta música gostosa e divertida de ouvir. Quem não dançava, ao menos balançava o pé. Ainda mais quando, como da última vez, o Pedro abriu a pista 2, que encheu rapidamente ao som de clássicos do rock, pop e outras nuances populares.

Embora tenha resistência aos banheiros químicos, que deixam o espaço onde estão localizados com um fedor horroroso de urina, isso de fato não atrapalhou a festa. E eu que pensava que o penúltimo Chá da Alice tinha sido a melhor festa, me enganei. Cada vez mais a Gambiarra ganha pontos. Pricipalmente pela estrutura e localização. Digo não ao Circo Voador e sim ao Vivo Rio.

Saí somente depois da última música que, como sempre, fechou em grande estilo infantil a Gambiarra. À luz do sol carioca que brilhava nos espelhos d'água do MAM, ainda deu tempo para comentar sobre a festa do lado de fora.
Feliz, extremamente satisfeito e com a alma leve, fui para casa. Dormi de manhã, mas dormi bem. Sonhei. Sonhei bastante.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

RIO'S VISION - PART II


Local: Pão de Açúcar
Vista: Corcovado
Momento: Pôr do sol
Clima: Verão
Temperatura: Maravilhosamente agradável
Testemunhas: Eu, um amigo e minha camera
Topografia da cidade em foto: Simplesmente perfeita.
Sentimento: Amor - Pela minha cidade.

Foto de Filipe Eloy - publicada no caderno jovem Megazine, do Jornal O Globo.


Location: Sugar Loaf
View: Corcovado
Moment: Sunset
Climate: Summer
Temperature: Wonderfully nice
Witness: My camera, my friend and I.
Topography of the city on photo: Simply perfect.
Feeling: Love - About my city.

Photo by Filipe Eloy - published in the news paper O Globo.

DOLOROSAS REFLEXÕES


Desde pequeno fui tentado a acreditar que minha vida na terra não era fundamental. Na escola era o que ninguém sabia o nome. Era apenas o que tirava as boas notas. Em casa era o chamado "bicho do mato", era tímido e o menos popular na familia. Por eles, também era tentado a acreditar que era o menos querido, por ser o que menos aparecia. Durante muitos anos tive que lutar para me fazer acreditar que poderia fazer a diferença.

Muitos fatos que ocorreram nos últimos anos me ajudaram a ganhar o que chamam de "auto confiança", termo que ainda é muito estraho para mim. Ainda tenho medo de usá-lo. Lutei muito comigo mesmo para provar que poderia provar algo para alguém. É confuso, sim. Mas nao há forma mais simples de explicar.

Tenho a impressão que, mesmo sentindo que estou ganhando essa parada, o mundo ou, de repente a sociedade, ainda tenta me convencer de que minha presença aqui é indiferente. Indiferente. Esta palavra eu conheço muito bem. É o que sempre tentam me convencer que sou. Meus amigos tentam ferozmente me tirar dessa. Mas com o Mundo Inteiro meus amigos não podem.

Hoje vivo em meio a crises. Altos e baixos. Acho que sou capaz, depois acho o contrario. Me acho estranho, depois me sinto em perfeita sintonia com o mundo. Acho que me vitimizo, depois acho diferente. Me acho um merda, depois tento acreditar que sou o melhor no que faço. Ultimamente tenho achado também que fico sentado reclamando do mundo e acabo não fazendo nada para mudar. Pode ser verdade também.

Quando será que vou ganhar esta guerra? Qual a solução? Quando o mundo vai se curvar diante de mim e reconhecer que talvez eu seja uma peça importante deste lugar?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

PONTOS COTIDIANOS


No ponto de partida acordo com vontade de ver o sol.
Saio na rua para ver gente.
para sentir novos ares
Me sinto bem e refrescado.
O mar está lindo e o céu mais que limpo.
E o telefone sempre no bolso
esperando um toque especial.

No ponto de ascensão me encho de energia.
É o pico do sol, como está quente!
Ando com o corpo suado na praia
e sinto que me olham.
Me sinto quente, bonito e interessante.
A praia está menos que cheia, perfeita!
E no céu nenhuma nuvem, mergulho no mar.
O telefone ainda não sonou.
Mas a esperança cresce.

No ponto de cume me sinto perfeito.
Meu corpo fresco com o sol e a água.
O mate está uma delícia!
O público é admirável
e está interessado em se cruzar.
O telefone mudo ainda.
Mas não me importo, tem muita gente aqui.
Tenho opções, me sinto atraente.
Para que me importar com quem não está lá?

No ponto de declínio começo a esvaziar.
O corpo está cansado e a areia suja.
O mar fica mais frio e o sol se esconde nas nuvens.
Percebo que nem estavam me olhando tanto.
Na verdade ninguém me viu.
Estava invisível e iludido.
Resolvo sair, correr, fugir
antes que as coisas piorem.
O telefone não me chamar está me matando.
Me sinto ignorado.
Tem muita gente melhor do que eu.
Para que iriam me olhar?

No ponto mais fundo me sinto um merda.
Estou fora de forma, gordo, com braço fino.
O dia fica nublado, há uma tempestade de areia.
Estou sozinho, sem interações.
Sem ninguém que me perceba.
Porque olhariam para alguém tão desinteressante?
Desde de quando inteligencia tem músculo?
Tudo que é abstrato não atrai, não aproxima.
Me sinto agora burro também.
Chego em casa sujo e feio. A comida é requentada.
O chuveiro queimou. A temperatura cai.
Morro de frio.
O telefone não toca.
Estou ignorado por todos.
Resolvo tentando dormir. Tenho insônia.
Existe ponto mais baixo que o fundo?

ELIS REGINA - A DIMOND, RARE AND INCRERIBLE

Um vídeo raro para guardar por gerações que, como a minha, não estavam lá para presenciar tanto talento, poder de palco, formosura, técnica e o melhor da música popular brasileira. Uma louca inteligente, intensa, emocionada e incrivelmente apaixonada pelo que faz. Prestem atenção na filmagem de apenas um take e no visual do cenário. Uma obra prima para valorizar eternamente.

A rare video to keep for generations that, like mine, were not there to witness so much talent, power stage, beauty, technique and the best of Brazilian popular music. Crazy smart lady, intense, emotional and incredibly passionate about what she does. Pay attention to the one take shooting and the visual scene. A masterpiece to treasure forever.

domingo, 18 de julho de 2010

PABLO


Alguns sabem exatamente o que estão falando. E Pablo Neruda é um grande exemplo:

"Morre lentamente" quem não deixa a sua marca em tudo o que faz. Quem não planta sorrisos nos outros, quem não dá mais do que o que recebe.

"Morre lentamente" quem quer estar só de passagem, discretamente. Quem não quer deixar a sua pegada bem marcada no chão, para a posterioridade.

"Morre lentamente" quem não tenta aliviar o sofrimento dos outros. Nem que seja de uma só pessoa...

"Morre lentamente" quem não se entrega a uma causa, quem não luta, quem vê os dias passarem, um após o outro.

"Morre lentamente" quem não dorme, todos os dias, sem qualquer peso na consciência.

"Morre lentamente" quem não pode fechar os olhos para nunca mais os abrir.

"Morre lentamente" quem tem palavras por dizer, assuntos por resolver e acções por corrigir.

Morre, vivendo de amargura, quem vive só para si.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

SEXO


Um olhar mais concentrado que o normal. O cheiro de desejo e vontade. As bocas que não precisam falar nada. As línguas cruzadas se mostram por si. A troca de calor envolvente. As mãos descobrem novas formas de tocar. O nariz desvenda novos aromas. O ar quente ao pé do ouvido traz arrepios. O corpo amolece, sem vontade de ficar em pé. Deitemos. As mãos agora se seguram e se apertam como quem quer dizer algo e não consegue. Não precisa de palavras. Já entendi. As roupas nos deixam, escorrem pelos nossos corpos suados. Suor de paixão. É outro cheiro. É outra coisa. As línguas se descolam e começam a desvendar novas partes; o pescoço, a nuca, o peito, o abdomen. E lá ao sul os olhares se cruzam mais uma vez. Eu sei o que vai acontecer e sei que é recíproco. Agora meus olhos se curvam para cima como quem quisesse olhar para o céu. Como posso não ver o céu, se estou perto das estrelas?! Nos encontramos alinhados novamente. O lábios molhados deslizam uns nos outros e descobrimos que podemos ficar mais conectados do que estávamos antes. Me sinto dentro de outro universo, me sinto em outro plano. As mãos apertam os quadris que se movimentam numa sincronia perfeita. E te vejo viajando comigo neste vôo louco e maravilhoso rumo ao prazer. Quando no mais alto chegamos, bem alto, bem longe, nos libertamos. Nos deixamos flutuar por uma onda de alívio. A respiração fica mais ofegante. Para que se importar com o mundo lá fora se o que interessa do mundo está aqui dentro? Relaxemos, então. Nos envolvemos de novo, nos ligamos por sentimento. Certamente não é uma cama, mas sim uma nuvem. Estamos em outro lugar.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

CHUVA CHUVISCO CHUVARADA


Em homenagem ao amor da minha vida, meu afilhado Miguel, e a esse dia de chuva, coloco aqui uma música do Cocoricó. Alegria da criançada, tranquilidade da mamãe e didática absolutamente genial!
Vamos voltar a ser crianças! Olha que coisa mais divertida:




Chuva, chuvisco, chuvarada
Cocoricó


Chove, mas como chove
Chuva, chuvisco, chuvarada
Por que é que chove tanto assim?

A terra gosta da chuva
E eu gosto da chuva também
Ela lá e eu aqui
Cocoricó
Quiquiriqui

Chove, mas como chove
Chuva, chuvisco, chuvarada
Por que é que chove tanto assim?
Lararáaa

Quando chove
A terra fica molinha
A planta fica verdinha
E eu fico todo molhado
Com o pé na lama e nariz tapado
Minha vó me chama:
"menino vem cá vem tomar chá
Vem comer bolo de cenoura
Com cobertura de chocolate quente"
Bom muito bom muito mais do que bom
É excelente

Oh que tarde tão bela
Banana quente no forno com açúcar e canela

Chove, chove, chove deixa chover
Enquanto tiver bolo de cenoura agente nem vai perceber
chove, chove, chove, deixa chover
comendo banana quente agente nem vai perceber

bom muito bom muito mais do que bom
é excelente (bis)
Enquanto tiver bolo de cenoura
A gente nem vai perceber

Chove, chove, chove deixa chover
Comendo banana quente
A gente nem vai perceber


PS. Miguel, meu lindao, TE AMO!

terça-feira, 13 de julho de 2010

O AMOR SEMPRE SE APROVEITA

O amor sempre se aproveita; nos pega nos momentos de maior emoção e nos leva a fazer isso: (Casillas, goleiraço da campeã do mundo Espanha, e sua namorada, em rede nacional)



Com ele ninguém pode! Dane-se quem estiver olhando! Amor assim é bonito! É bom de ver! É saudável!

Viva España! Viva la emoción, el sudor! Viva el amor!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

AGORA, JÁ....TUDO!


Prefiro ser chamado de precoce, que ser ridicularizado por estar fazendo algo tarde demais, algo que "já passou da época de fazer".

Prefiro chegar aos 24 com bastantes histórias de experiências loucas, engraçadas, trágicas, eróticas, histéricas e felizes, que passar anos em branco me arrependendo do que não fiz.

Prefiro viver 10 anos em 3, que lamentar ter vivido pouco em 20.

Prefiro chegar aos 24 sabendo exatamente como fazer, que ter que pedir alguém para me ensinar. Me encanta mais surpreender com a experiência do que decepcionar com a imaturidade.

Prefiro achar que estou pronto agora do que passar anos achando que ainda está cedo para isso.

Prefiro pensar que poderei morrer amanhã com uma biografia maravilhosamente diversa, que sofrer em outra vida por não ter gozado enquanto podia.

Prefiro atropelar tudo agora, que esperar pelo incerto do dia de amanhã.

Gosto de planejar o futuro, sim! Mas tenho um tesão incondicional pelo presente, pelo Agora, pelo tudo, pelo já, pelo imediato, pela pressa, pela agilidade das coisas, pela intensidade, pela velocidade e pela instantaniedade da vida.

Prefiro ter, fazer e ser tudo agora!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

MÚSICA QUE TOCA, MÚSICA QUE FAZ SORRIR



Considerada uma das melhores músicas pop de todos os tempos. Música que te faz feliz. Música ensolarada!













Senhoras e Senhores, apresento a vocês: THE BEACH BOYS - GOD ONLY KNOWS (1966)


I may not always love you
But long as there are stars above you
You never need to doubt it
I'll make you so sure about it

God only knows what I'd be without you

If you should ever leave me
Though life would still go on believe me
The world could show nothing to me
So what good would living do me

God only knows what I'd be without you

God only knows what I'd be without you

If you should ever leave me
Well life would still go on believe me
The world could show nothing to me
So what good would living do me

God only knows what I'd be without you
God only knows what I'd be without you
God only knows

quinta-feira, 8 de julho de 2010

ASAS DA IMAGINAÇÃO


Eu queria poder ter asas.
Poder viajar quando quisesse.
Descobrir novos lugares.
Alcançar as distâncias mais longas.
Ir aos pontos mais inóspitos.
Descobrir o novo, sempre.
Estar no topo, nas alturas mais inacessíveis.
Saltar de colinas, montanhas e precipícios
sem me aproximar da morte.
Me sentir leve como uma folha de papel.
E nos momentos mais adversos, poder fuigr,
para o alto, para bem longe.
Vagar por entre os prédios da noite iluminada da cidade,
e observá-la distante.
Encontrar um lugar onde ninguém me encontre,
quando assim desejar.
Encontrar um lugar onde todos me admirem,
quando assim desejar.
Ter mais liberdade para escolher minhas rotas,
meu destino, meu próximo ponto de parada.
Ser inspiração, ser parte da paisagem.
Tornar-me invisível entre as árvores.
E delas obter o gosto mais doce da natureza.
Flutuar ao vento.
Sentir o ar mais puro em meu rosto.
Brincar com as nuvens.
Me aproximar do sol, da lua, das estrelas.
Chegar mais perto do meu sonho.
Chegar mais perto do céu.
Queria poder voar.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

MINHA BANDEIRA, MEU AMOR E MINHA TORCIDA!


No fim de junho comprei uma bandeira do Brasil para colocar na janela de meu apartamento. Queria que ela fosse o símbolo de minha torcida pela seleção brasileira na Copa do Mundo da África do Sul. Durante algumas semanas a exaltei, a beijei e gostei de torcer pelo nosso time. Nas quartas de final, a nossa seleção brasileira não resistiu e acabou perdendo o jogo dando fim assim, a nossa participação na Copa. Ao fim do jogo estava decidido a voltar para casa e tirar a bandeira da janela. Afinal de contas não havia mais motivos para exaltá-la, nem mesmo razões claras para continuar a tocer, pelo menos nos próximos quatro anos.

No caminho de volta, em meio a uma cidade triste e desanimada, começei a pensar no Brasil à parte da Copa. A competição havia acabado para o nosso país. Entretanto tudo voltou a normalidade. O nossos problemas continuavam lá. A fila do hospital público continuava grande, os mendigos voltaram ao seus refúgios nas calçadas e viadutos, os fogos anunciando a chegada da droga no morro voltaram a brilhar no céu azul celeste da minha cidade, os bandidos desceram o morro novamente, as nossas universidades públicas continuavam a cair aos pedaços, o trânsito voltou a ser caótico, as crianças continuavam a morrer de fome e, as desgraças urbanas e rurais causadas por chuva, seca, corrupção e descaso voltavam com força total nos noticiários e capas de jornal. Comecei a ficar mais triste por isso, do que propriamente pela derrota da seleção. Me questionava se as pessoas ao eu redor estavam pensando nas mesmas coisas que eu.

Ao chegar em casa, olhei com bastante atenção e emoção para a minha bandeira na janela. E percebi que aquele pedaço de pano não representava apenas uma seleção de futebol mas sim a nossa nação, nosso povo, nosso território, nossa língua, nossa cultura e nossa soberania.

Lembrei que este ano não será apenas marcado pela Copa da derrota. Em 2010 escolheremos, nós, o povo, mais um líder para comandar nosso país. Será aquela pessoa que representará nosso país não somente em uma Copa do Mundo. O desafio deste líder e sua equipe não será apenas uma taça ou alguns gols. O jogo será para alcançar o desenvolvimento, para eliminar a pobreza, a fome, o desemprego e, promover a manuntençao da ordem e aumento do progresso no nosso país, exatamente como diz a bandeira que está pendurada em minha janela.

Extremamente emocionado e com esse pensamento em minha mente eu, por fim, decidi manter a bandeira em minha janela até quando ela puder aguentar. Porque descobri que, na verdade, não torço pelo meu país apenas de quatro em quatro anos. Não torço pelo meu Brasil apenas durante uma competição. Não sou brasileiro com muito orgulho e muito amor apenas nas arquibancadas. Eu torço pelo meu país por completo. Eu torço pelo progresso, pelo crescimento, pelo desenvolvimento, pelo fim da pobreza, pela educação, pelo fim da corrupção, pela produção cultural, pela manutenção de valores, pela arte, pela saúde e pelo respeito as leis e à bandeira nacional. Se torço, de coração, para o meu país ser um lugar melhor para mim e para meu povo viver, porque tiraria a bandeira da janela agora? De agora em diante, ela simboliza o meu amor, respeito e torcida pelo meu país! Torcemos, então, torcemos juntos todos os dias, todos os anos, até o fim!

domingo, 4 de julho de 2010

RIO'S VISION - PART I


Numa tarde de folga resolvi dar uma volta por Santa Tereza, sem nenhuma razão especial. Apenas para sentir diferentes ares dentro de minha cidade. Foi quando passei por algumas casas e entre duas delas, na verdade entre os dois quintais, encontrei esta paisagem, num espaço muito estreito. Tive que me debruçar pelo muro da casa e me arriscar ficar perto de um cachorro irritado para assim, conseguir tirar a foto. O resultado está aí. Foto publicada no carderno jovem Megazine, do jornal O Globo.

PS. O Cristo Redentor está bem lá no fundo, abençoando a cidade.

In one of my days offs, during the afternoom, i decided to breath diferents airs in my city. So, for no special reason i decided to go to Santa Tereza. That was when i passed by some houses and, between two of them, actually between the two yards, I found this landscape, in a narrow space. To take the picture, i had to look over the wall of the house and stay close to an angry dog. Taking the risk, i got to take the pic. The result is here. The photo was published in the young carderne, Megazine , of the newspaper O Globo.

PS. The Christ Redeemer is at the top of the pic, blessing the city.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

AMIGO QUE MATA


Eu tenho um amigo. Tenho esse amigo há um tempo. É aquela amizade que surge do nada, que aparece de um momento de fraqueza, de stress e impaciência. Ele me mostrou que posso colocar para fora minhas aflições sem ter que gritar ou me abrir para outro alguém. É um amigo que me acompanha nas horas mais solitárias do meu dia.

Também posso dizer que ele me ajuda a socializar e a me proporcionar novas amizades. Ele não é egoísta, de fato. Está comigo quando acordo, antes de trabalhar , quando vou dormir e até mesmo quando vou tomar um cafezinho. Aliás, ele está sempre comigo depois de todas as minhas refeições ou quando estou me entregando ao alcool.

Quando viajo sozinho, ele está sempre lá. Quando estou no vazio é o que mais me ajuda a enfrentar a solidão. Me dá inspiração e me proporciona os momentos mais profundos de reflexão. Gosto de ouvir música com ele e ficar sentado no sofá vendo televisão. É uma amizade forte e intensa, por isso destrutiva.

Me aproximo cada vez mais dele mesmo sabendo que mais lá na frente ele me matará. É como se jogar na frente da bala de um revólver. É como se jogar em meio a uma fogueira. Ele vai matando aos poucos. Como é bom estar com ele mesmo sabendo que é perigoso e traiçoeiro.

Porque busco tanto refúgio nesta amizade se sei que ela me destrói? Nem eu e nem ninguém sabe ao certo a resposta. Todos sabem que ele devasta por dentro entretanto a maioria se entrega a ele.É uma amizade que vicia. Ele se aproxima cada vez mais de você e lá no final ele te faz sofrer. Porque é tão bom? Porque é tão ruim?

Mais uma vez vou tentar conversar com ele e tentar encontrar a resposta para essas perguntas.
Alguém tem fogo?

Free Blog Counter