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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

OS GRANDES TAMBÉM AMAM - DE NAPOLEÃO PARA JOSEPHINE


OS GRANDES TAMBÉM AMAM. EXEMPLO DISSO ESTÁ AÍ EMBAIXO. UMA CARTA DE NAPOLEÃO PARA SUA ESPOSA JOSEPHINE. ELE COBRA AMOR, RECLAMA DE FALTA DE CARINHO E FAZ UM DRAMA SÓ! LOGO ELE, UM IMPERADOR PODEROSO E EGOCÊNTRICO.

EMOCIONEM-SE:


"Não passo um dia sem te desejar, nem uma noite sem te apertar, nos meus braços; não tomo uma chávena de chá sem amaldiçoar a glória e a ambição que me mantêm afastado da vida da minha vida.



No meio das mais sérias tarefas, enquanto percorro o campo à frente das tropas, só a minha adorada Josefina me ocupa o espírito e coração, absorvendo-o por completo o pensamento. Se me afasto de ti com a rapidez da torrente de Ródano, é para tornar a ver-te o mais cedo possível. Se me levanto a meio da noite para trabalhar, é no intuito de abreviar a tua vinda, minha amada.



E no entanto, na tua carta de 23, tratas-me na terceira pessoa, por Senhor! Que mazinha!



Como pudeste escrever-me uma carta tão fria? E depois, entre 23 e 26 medeiam quase quatro dias: que andaste tu a fazer, porque não escreveste a teu marido?...



Ah, minha amiga, aquele tratamento do “senhor” e os quatro dias de silêncio levam-me a recordar com saudade a minha antiga indiferença. (…) Isto é pior que todos os suplícios do Inferno. Se logo deixaste de me tratar por tu, que será então dentro de quinze dias?! Sinto uma profunda tristeza, e assusta-me verificar a que ponto está rendido o meu coração. Já me queres menos, um dia deixarás de me querer completamente; mas avisa-me, então. Saberei merecer a felicidade…Adeus, mulher, tormento, felicidade, esperança da minha vida, que eu amo, que eu temo, que me inspira os sentimentos mais ternos e naturais, tanto como me provoca os ímpetos mais vulcânicos do que o trovão. Não te peço amor eterno nem fidelidade, apenas a verdade e uma franqueza sem limites.



No dia em que disseres: “Quero-te menos”, será o último dia do amor. Se o meu coração atingisse a baixeza de poder continuar a amar sem ser amado, trincá-lo-ia com os dentes.Josefina: lembra-te do que te disse algumas vezes: a natureza faz-me a alma forte e decidida. A ti, fez-te de rendas e de tule? Deixaste ou não de me querer? Perdão, amor da minha vida.



A minha alma está neste momento dividida em várias direções e combinações, e o coração, só em ti ocupado, enche-se de receios…



Enfada-me não te chamar pelo teu nome, mas espero que sejas tu a escrevê-lo. Adeus. Ah, se me amas menos, é porque nunca me amaste.



Tornar-me-ias então digno de lástima.



Napoleão



P.S. – A guerra este ano está irreconhecível. Mandei distribuir carne, pão, e forragens à minha cavalaria prestes a pôr-se em marcha. Os soldados patenteiam-me tal confiança que não tenho palavras para descrever-te. Só tu me causas desgostos.



Só tu, alegria e tormento da minha vida. Um beijo aos teus filhos, de quem não me dás notícias. Ai, não! – levar-te-ia a escrever o dobro, e as visitas das dez da manhã não teriam o prazer de ter ver. Mulher!!! "

Um comentário:

  1. Quem diria?!
    Todos diriam!
    O amor é tão universal! O amor é tão e é tanto que abre espaço pra si até na guerra... de fato a guerra, paradoxalmente nos une, como se as almas temesse perder as poucas oportunidades de amar... quase como em "Hiroshima Meu Amor"

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