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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

BONS ARES DO INTERIOR DA TERRA DA GAROA


Quando entregue ao santuário dos maiores solitários de um feriado qualquer, surge um sinal que despertava interesse. Sinal este que significava que alguém se abria, dando chance a um diálogo de qualquer natureza.
Não muito convencido de que algo produtivo pudesse acontecer, apenas deixei uma saudação. Mas a resposta me dizia que ao menos um lance concreto era possível. Depois de minutos, os telefones foram trocados e o que se resumia em tecladas evoluiu para uma conversa mais real. Um horário foi marcado para que pudéssemos nos falar novamente e por fim nos encontrar.
Na hora combinada o telefone não tocou. Ao, já mais uma vez desiludido, fui deitar-me, o sinal de menssagem tocou. Era uma desculpa verdadeira que explicava a impossibilidade de um encontro para tão tarde. Deixamos para o dia seguinte.
Na tarde do próximo dia nos falamos, para a minha surpresa. Finalmente nos encontraríamos. Ao vê-lo pela primeira vez algo dentro de mim fervilhou. Não sabia se era nervosismo, interesse, vontade, desejo, ou tudo isso junto. No decorrer do curto papo que tivemos, encontramos muitas similaridades. A conversa aconteceu de forma descontraída, engraçada e despretenciosa.
Já na porta de onde estava situado, fui convidado a subir. E, sem pensar, disse sim. Se foi tão espontâneo de minha parte, não poderia negar-me a minha intuição a ponto de desistir e voltar atrás. Chegando lá, senti uma brisa boa vinda do interior da terra da garoa me chamando para uma viagem ao mundo da química perfeita, do toque, das palavras desejadas e dos segundos interminavelmente prazerosos.
Naquele momento tinha certeza que realmente algo diferente estava próximo de acontecer. Com muita vontade de continuar, tivemos que parar para que as vidas individuais pudessem, obrigatoriamente, continuar. E o que faltava dele para eu caísse de vez na rede era que um esforço fosse feito para me valorizar.
E dois dias depois isso aconteceu. Caí na rede. Fui pescado. Fisgado. Caçado. Exclusivamente por mim, a brisa paulistana voltaria a cidade maravilhosa para vinte e quatro horas de paixão. E foi o que aconteceu.
Comecei então a sonhar. Como foi bom. Um encontro sem pretenções embora comentários irônicos fossem feitos sobre planos para um futuro próximo. E era isso que eu queria ouvir. Aliás, enquanto sonhava recebi tudo o que queria: carinho, atenção, ouvidos, boca, olhos, paixão, palavras e um desbravamento completo de meu corpo. Tive que acordar. Não teve jeito. Mas recebi a palavra de que daqui a nove dias voltaria a sonhar. Não resisti e expressei felicidade. Fui correspondido e isso já era suficiente.
Quero voltar a sonhar logo. Sonhar de olhos abertos. Faltam nove dias para uma nova página desta história sem futuro previsível ser escrita.

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